Estão começando a surgir as primeiras implantações de Categoria 7A em
cabos blindados, com pares blindados individualmente e velocidade até 10 Gbit/s.
A instalação pioneira já pode ser vista na nova sede do Cenpec - Centro de
Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária, organização sem
fins lucrativos criada em 1987 com o objetivo de promover ações para melhoria da
educação pública.Antes instalado em dois imóveis alugados em Pinheiros, São
Paulo, o Cenpec ocupa desde junho último um casarão próprio de 800 metros
quadrados no bairro de Higienópolis.
Segundo Marcos Alpha, CEO da Doctor IT, empresa responsável pelos projetos e
instalação de cabeamento estruturado, além da rede de telefonia, elétrica e
iluminação da nova sede, o que motivou a escolha pela solução Tera, fornecida
pela fabricante norte-americana Siemon, foi a relação custo/benefício: A rede
está preparada para o constante crescimento de tráfego, sem necessidade de
alterações futuras na infraestutura de cabos de dados e telefonia.A instalação
de Categoria 7A poderá suprir não apenas as demandas atuais, mas o crescimento
do tráfego por pelo menos 15 anos. " Não pretendemos substituir a rede tão
cedo," diz Walter Kufel, coordenador administrativo do Cenpec.
Além disso, o fato de o cabo ser blindado possibilitou a sua instalação na
mesma infraestrutura de distribuição que os cabos elétricos, sem necessidade de
separação física. " Com os cabos de dados, telefonia e elétrica dentro da mesma
canaleta, foi possivel otimizar a utilização dos espaços físicos de passagem."
diz Cristiano Nunes, CTO da Doctor IT.
O CTO conta que a concepção inicial do projeto previa a reutilização dos
equipamentos de conectividade da sede antiga, o que possibilitaria fornecer 100
Mbit/s aproveitando a vantagem do compartilhamento dos cabos Cat.7A com dados,
telefonia, áudio e video e, consequentemente, diminuindo toda infraestrutura de
cabeamento."Isso tornaria a solução 7A economicamente competitiva com a solução
6A". diz.Além disso, a migração para 10 Gbit/s tem um custo mais baixo e menos
traumática, sem a necessidade de substituição total do cabeamento, apenas
ampliando a infraestrutura já existente", complementa Nunes.Mas por fim acabou
optando-se por oferecer os 10 Gbit/s desde o início. " Toda a infraestrutura já
está preparada para a chegada dos equipamentos ativos de 10 Gbit/s, o que deverá
acontecer num futuro muito proximo", diz.
Embora, tenha sido totalmente reformada, a residência manteve o projeto
original de construção, que data dos anos 1930.No endereço antigo, a entidade
contava com uma rede de dados com mais de 15 anos, adaptada ao longo dos anos
sem oferecer a confiabilidade e a velocidade necessária. Por isso, a nova
infraestrutura partiu totalmente do zero.Além da rede de cabeamento, todas as
estações de trabalho foram substituidas.
A residência dispõe de 200 pontos de dados e 170 de telefonia. No total,
foram mais de 7000 metros de cabos Categoria 7A e mais 14 mil metros de
circuitos elétricos nos quatro pavimentos da entidade, onde trabalham cerca de
150 pessoas.O CPD fica no subsolo e a rede conta com 4 ( quatro) mini racks
estrategicamente distribuídos pela casa, um em cada andar. Os cabos sobem do CPD
até cada Mini rack.
Fonte: Revista RTI Outubro de 2010 |
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